Renegade diesel é Jeep de corpo, alma e 'tração'

WebMotors acelerou versão intermediária Longitude do Rio a São Paulo

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Marcelo Monegato
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Durante a última semana, não foram poucos os que me procuraram para saber mais – ou tudo -  sobre o Jeep Renegade. Pessoalmente, por e-mail, facebook e até mesmo instagram, recebi diversas perguntas sobre preços, custo-benefício, espaço interno, acabamento, design e, principalmente, sobre qual é a melhor escolha, as configurações com motor 1.8 16V E.TorQ EVO (bicombustível) ou com propulsor 2.0 Turbodiesel. E minha resposta sempre foi direta: diesel.

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Como escrevi na avaliação da semana passada, a opção flex com câmbio automático fica devendo em desempenho. No caso das versões com propulsor diesel – sempre com transmissão automática de nove marchas e tração 4x4 -, isso não acontece. Sobra desenvoltura tanto no perímetro urbano quanto no rodoviário e, especialmente, no off-road. E para chegar a esta conclusão não rodei apenas algumas dezenas de quilômetros, mas centenas – trazendo uma versão Longitude do Rio de Janeiro a São Paulo.

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Com 35,7 mkg.f de torque a partir de 1.750 rotações, o jipe é esperto nas saídas e retomadas. Na estrada, mesmo quando arriscava uma ultrapassagem em subida, a manobra era realizada com extrema facilidade – lembrando que o modelo de leve não tem nada: são 1.636 quilos. E com 170 cv de potência, conseguimos rodar a 120 km/h a cerca de 2.000 giros.

Além da saúde, o que impressiona é o silêncio dentro da cabine. Por ser um motor a diesel – feito na Itália -, eu esperava ruído de picape média. No entanto, o bom isolamento acústico faz com que o som característico invada o interior apenas em acelerações mais fortes.

Com 9 marchas, o câmbio também trabalha com maestria. Focado no conforto, as marchas passam de maneira suave. Apenas em alguns momentos, principalmente nas reduções, a gente sentir um leve solavanco. As mudanças também podem ser feitas pela alavanca do câmbio ou mesmo por aletas atrás de volante.

Ainda com relação à desenvoltura do Renegade a diesel, não posso deixar de destacar a desenvoltura off-road da fera. Com tração 4x4 com diversos recursos, entre eles reduzida, auxílio de descida e até quatro opções de rodar, que vai desde o automático, passando por areia, neve e lama. Somente a opção Trailhawk oferece uma quinta opção, que é para rodar nas pedras.

Em Niterói (RJ), percorri um circuito off-road de nível moderado, mas que em alguns locais, devido aos buracos generosos, um carro normal talvez não passaria. E o Jeep passou como um Jeep: sem qualquer dificuldade. Destaque para o sistema de suspensão independente nas quatro rodas, que oferece um dinamismo fora do comum tanto na terra quanto no asfalto.

PONTO FRACO

O Jeep Renegade, e neste ponto tanto faz ser flex ou diesel, não é referência em espaço. Com 2,57 metros de distância entre os eixos, 4,24 metros de comprimento e 1,79 metro de largura, quatro pessoas com mais de 1,80 metro de altura e um pouco acima do peso, não trafegam confortavelmente – especialmente no banco traseiro. Colocar uma cadeirinha de bebê é, automaticamente, restringir o espaço atrás para apenas mais uma pessoa, seja ela adulta, adolescente ou criança.

O porta-malas segue a filosofia de espaço reduzido. São apenas 260 litros, menor que todos os seus concorrentes diretos no segmento (Renault Duster, Honda HR-V e Ford EcoSport), e até mesmo de hatches compactos, como do Renault Sandero, que leva até 320 quilos. O design do porta-malas até que ajuda, com um formato de caixote. No entanto, fazer as compras do mês pode obrigar a levar algumas sacolas do lado de dentro.

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ACABAMENTO

O acabamento do Jeep é muito bom. Todas as peças estão muito bem encaixadas e tem qualidade superior – a parte de cima do painel central, por exemplo, é em plástico emborrachado. No caso da opção Longitude, a sobriedade também chama a atenção. Não há muito ‘frufru’. O preto domina o ambiente, cor mais que ideal para encarar uma trilha com bastante poeira no final de semana. Já na Trailhawk oferece detalhes mais chamativos – mas também é preciso pagar um pouco mais.

PREÇO E CUSTO-BENEFÍCIO

Para quem aprecia a vida fora do asfalto, o Renegade diesel tem algo interessante: custo-benefício. A versão avaliada Longitude parte de R$ 109.990. Caro, mas com bons itens de série: controles de tração e estabilidade, freios ABS com distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), ar-condicionado de duas zonas, direção elétrica, controle eletrônico de velocidade em descida, rodas de liga leve de 17 polegadas (pneus 215/60), sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, entre outros.

Bancos revestidos em couro, sensores de chuva e crepuscular, espelho retrovisor interno eletrocrômico, que poderiam ser de série em um carro de 110 mil são, infelizmente, opcionais. Uma pequena pisada de bola da Jeep...

Falando em opcionais, a lista é vasta. Entre os diversos pacotes oferecidos (Pack Luxury, Pack Safety, Pack Tecnology I e Pack Tecnology II) são ofertados Park Assist (auxílio eletrônico de estacionamento para vagas transversais e longitudinais), rodas de liga leve de 18 polegadas, sistema de som da marca Beats, sistema de entretenimento com tela de 6,5 polegadas sensível ao toque, detector de ponto-cego, painel de instrumentos com tela de 7 polegadas (tecnologia TFT), controle elétrico dos bancos, entre outros.

Estes pacotes ainda não tiveram os valores revelados. Mas levando em conta os preços praticados pelo mercado, um Jeep Renegade Longitude diesel completo pode passar (fácil) dos R$ 120 mil.

CONCLUSÃO

O Jeep Renegade diesel é um carro totalmente diferente da versão a gasolina. São dois carros completamente distintos. Com propostas antagônicas. Quem quer uma aventura off-road, mesmo que esporadicamente, as configurações com motor diesel estão sob medida – principalmente pelo fato de o segmento não ter este tipo de veículo. No entanto, caso a vontade seja de viver no asfalto, economize praticamente R$ 30 mil e vá de opção Flex, pois a lista de equipamentos de série e opcionais são muito parecidas.

Consulte preços de carros novos e usados na Tabela Fipe e WebMotors.

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