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Teste: novo Fit evolui, mas deve equipamentos

Honda parte de R$ 49.900 e evolui no visual e espaço, mas poderia oferecer mais pelo preço


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(Florianópolis/SC) O novo Fit chega e não quer passar despercebido, principalmente entre os jovens. Quer prova maior do que a nova cor azul? Ela é só um dos novos atrativos do Honda. A marca deseja manter o estigma de carro espaçoso para as mulheres, mas também quer fazer o modelo ser visto entre os homens pelo design esportivo. A terceira geração chega às lojas a partir de R$ 49.900, o mesmo preço inicial do modelo anterior. E a Honda não quer mais brigar apenas entre os monovolumes. Quer também os clientes de hatches premium.


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WebMotors viajou ao sul do país para testar o novo Fit por cerca de 100 km. Todas as versões usam agora o mesmo motor: 1.5 16V SOHC de 116 cv de potência a 6.000 rpm e 15,3 kgfm de torque a 4.800 rpm (etanol). E se manteve o preço no modelo de entrada, a Honda acertou nas contas na versão topo de linha, que está mais cara. O modelo EXL com câmbio automático CVT sai por R$ 65.900 e este foi o escolhido para nossa avaliação – clique e confira preços e detalhes de todas as versões.


Assista ao teste do novo Honda Fit




O novo Fit impressiona de cara pelo visual, que causou certa polêmica entre os brasileiros quando as primeiras imagens surgiram na internet. O monovolume ficou ainda mais parecido com um hatch, e ousou bastante no visual, principalmente na traseira. A frente traz grade na cor preto brilhante nas versões top e as grandes entradas de ar no para-choque reforçam que o modelo realmente está mais esportivo.


Na lateral, chamam atenção os fortes vincos na parte inferior das portas e na linha de cintura, que cresce na parte de trás do carro. A traseira é o ponto que mais causa dúvidas, por conta das grandes saídas de ar do para-choque e de um pedaço da lanterna que invade o vidro traseiro. Ambos são pouco convencionais, mas não prejudicam o visual do Fit, que é mais bonito ao vivo do que nas fotos.


A versão de entrada DX vem equipado com rodas de aço e calotas, enquanto a intermediária LX já oferece rodas de liga leve aro 15. Somente as versões topo de linha EX e EXL trazem rodas de 16 polegadas com fundo na cor cinza, o que realça ainda mais a nova vocação esportiva do Fit. Esta vem calçada com pneus 185/55.




Desempenho

 

Embora a evolução esportiva no visual do Fit e o avanço de geração, a sensação de guiar o Fit é a mesma das demais gerações. Não espere uma condução esportiva, até porque esta não é a proposta do Fit. O Honda continua sendo um carro de direção bastante serena e confortável. A posição de dirigir agrada tanto pela altura do banco, como pela gigantesca área envidraçada que é possível enxergar ao redor.


Se a Honda quer incomodar os rivais conhecidos como hatches premium, como Fiesta e Punto, não será pelo desempenho. Os 116 cv do Honda dão conta do recado na cidade, mas não há um show de desempenho. A troca de marchas torna o modelo ainda mais amigável por conta do novo câmbio CVT, existente na primeira geração, abandonado na segunda e de volta nesta terceira.


A marca japonesa não divulga os números de desempenho do novo Fit, mas basta olhar para a potência do novo Fiesta 1.6 (130 cv) para saber que os 14 cv a menos deixam o Honda para trás. O consumo, porém, é bom. Abastecido com etanol e com câmbio CVT, ele registra 8,3 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada, enquanto com gasolina os números sobem para 12,3 km/l e 14,1 km/l, respectivamente. A suspensão do Honda passou por ajustes e continua bastante confortável sem também ter apelo esportivo. É um carro para ser guiado junto à família e não pilotado.


Por dentro do Fit


A versatilidade ainda é o ponto forte do Fit, que ganhou ainda mais espaço interno. A largura de 1,69 m foi mantida, mas o entre-eixos cresce 3 cm, totalizando agora 2,53 m. Com isso, a marca garante ter tido um amento de espaço para os ombros dos ocupantes que vão na frente e também para as pernas de quem viaja no banco de trás.



Quando o assunto é porta-malas, porém, o Fit deu alguns passos para trás, mais precisamente 21 litros. Isso porque o novo Fit carrega 363 l no porta-malas, contra 384 l da antiga geração. Mas com os bancos todos rebatidos, esse volume sobe para 1.045 l. E aliás, as possibilidades são diversas, é possível deitar todos os bancos formando duas camas capazes de abrigar adultos de até 1,75 m, além de subir o acento dos bancos traseiros - veja em detalhes no vídeo acima.

 

 

Por dentro, o Fit peca apenas no acabamento, que não é de encher os olhos para um modelo com preço tão elevado, mas não chega a ser desagradável. Há uma infinidades de porta-trecos espalhados por todos os lados. O modelo deve apenas na tela central que apresenta poucas utilidades, além de ser pequena e ter uma baixa qualidade de imagem. Ali são exibidos apenas a câmera de ré (disponível apenas no EXL), informações do sistema de Bluetooth do celular e da rádio. Mais abaixo há entradas auxiliar e USB.


Vale a pena?

O Fit continua sendo uma opção interessante para quem procura um carro versátil e com design arrojado. E, sim, ele continua cobrando caro por isso. O topo de linha é muito caro para o conteúdo que oferece. São R$ 65.900 por um modelo que oferece apenas 4 airbags (dois frontais e dois laterais frontais) como item de segurança na versão topo de linha, enquanto o Fiesta Titaniun por R$ 60 mil oferece 7 airbags. Sem contar a ausência de controles de tração e estabilidade, presentes no Ford e ausentes no Honda. Mas no quesito versatilidade, pode-se afirmar que o Fit reina lidera nesta (salgada) faixa de preço.

 

 

 


CURIOSIDADES DO FIT

 

 


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