Q7: chega ao Brasil o 1º SUV Audi


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Luís Figueiredo
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- O projeto do primeiro utilitário esporte Audi foi iniciado em 2002, sob o código AU 716. No início de 2003, o primeiro protótipo seria mostrado no Salão de Detroit, EUA. Não por acaso: o mercado americano é o principal consumidor de SUVs e o alvo da Audi, entre outras fábricas. O nome desse protótipo era Pikes Peak, em referência à famosa corrida na subida das Montanhas Rochosas, no Colorado. Finalizado no final de 2005, o modelo chega agora ao mercado brasileiro em versão única, por R$ 379.950,00. Seus concorrentes são BMW X5 e Mercedes-Benz ML 500, todos nessa faixa de preço.

A versão oferecida aqui é a equipada com motor V8 de 4,2 litros e injeção direta de combustível FSI. Tem potência de 350 cv a 6.800 rpm e poderosos 44,5 kgfm de torque máximo a 3.500 rpm. Seu pacote de equipamentos de série é bastante completo, restando poucos itens como opcionais. Na Europa há duas outras versões: uma com motor V6 de 3,6 litros FSI, a segunda com o 3-litros TDI diesel de 6 cilindros.

Com 5 metros de comprimento pesa 2.165 quilos, tem 1,98 m de largura e 3 metros de entreeixos, o Q7 é bastante confortável e trata muito bem seus passageiros. As pernas de quem se senta no banco de trás ficam bem acomodadas, sem passar a sensação de se estar “com os joelhos no queixo”. Divididos em 40/20/40, esses bancos podem ser movidos longitudinalmente, o que garante mais espaço. O Q7 pode levar 7 passageiros, graças a uma terceira fileira de bancos com dois lugares – para pessoas com até 1,6 metro de altura. Oferece, segundo a fábrica, 28 combinações diferentes para assentos e bagagem, ampliando seu espaço para carga, de 775 litros, com a 3ª fileira de bancos rebatida, para 2.035 litros, rebatendo-se também a segunda fileira.

Esse utilitário esporte de 3 geração dispõe do mesmo sistema de tração quattro oferecido nos modelos RS4 e S8. Em condições normais, o diferencial central efetua a divisão de torque em 40% para o eixo dianteiro e 60% para o traseiro – sendo que os diferenciais são autobloqueantes e podem, entre si esquerda/direita, efetuar divisões do torque, de forma a garantir sempre aderência. O câmbio é automático, com possibilidade de operação seqüencial pela alavanca ou pelas borboletas atrás do volante e 6 marchas.

A eficiente suspensão é independente nas quatro rodas, montada em sub-chassis, e na mesma configuração à frente e na traseira: braços triangulares superpostos construídos em alumínio, com barras estabilizadoras. Suas molas são pneumáticas e permitem que se regule a altura em relação ao solo por meio do MMI, sistema multimídia de controle das funções do veículo. É o mesmo que equipa o A6 – modelo do qual o Q7 herdou o desenho do painel e interior. Há cinco modos de operação: dinâmico, para alta velocidade em asfalto que inclusive melhora o coeficiente aerodinâmico do carro, baixando de 0,37 para 0,34 e minimizando o arrasto; automático; conforto; off-road e “lift”. A distância livre em relação ao solo pode variar de 165 mm modo dinâmico até 240 mm lift, usado apenas para superar obstáculos no fora-de-estrada.

Ao volante o Q7 esbanja potência e responde com vigor ao acelerador. O pequeno trecho de terra determinado para avaliação, com aclive e declive acentuados e piso bastante irregular, foi superado facilmente – seria ainda melhor caso os pneus ajudassem, sendo outros que não os 265/55 de 19 polegadas e desenho voltado essencialmente ao uso em condições “on-road”. Não foi programado trecho de asfalto para avaliação do utiliário esporte, apenas aquele em circuito fechado, dentro de um sítio no município de Nazaré Paulista, SP. Um dos motivos alegados além dos poucos carros disponíveis foi o fato de estarem todos com placas da União Européia.

O Q7 conta com sistema eletrônico que mantém secos os discos de freio, mesmo sob chuva intensa. Controlado eletronicamente, está ligado ao sensor de chuva, avaliando a velocidade do limpador de pára-brisa, além da posição do acelerador e as rotações do motor. Periodicamente – e de forma imperceptível ao motorista – aciona levemente o freio ação combinada a uma pequena e também discreta aceleração, de forma a manter a velocidade. O constante e suave contato com as pastilhas mantém os discos sempre secos.

Na diminuta lista de opcionais consta o sistema de auxílio a estacionamento, com uma pequena câmera montada na tampa traseira. O artifício cobre um ângulo de 130 graus atrás do Q7, e a imagem é mostrada na tela do MMI, no centro do painel. Basta engatar a ré e o sistema é acionado. Para estacionar o SUV, deve-se seguir as faixas amarelas exibidas no monitor. Custa R$ 3.400,00.

Outro item que consta da lista de opcionais é o controle automático de velocidade adaptativo. Segundo a fábrica, o Q7 é o primeiro Audi e o 1º utilitário esporte no mundo a utilizar essa tecnologia. Selecionada a velocidade de cruzeiro até 200 km/h pela alavanca na coluna de direção, e um dos quatro programas de condução pelo MMI, o sistema monitora constantemente o trânsito à frente por meio de um pequeno radar montado no pára-choque dianteiro. As distâncias são exibidas na tela colocada no painel e o radar tem alcance de 180 metros. O programa avalia qualquer alteração de velocidade no carro à frente e está ligado aos controles eletrônicos de motor, câmbio e freios. Caso perceba uma desaceleração, automaticamente aciona os freios do Q7 e, num primeiro estágio, acende alarmes visuais no painel de instrumentos; no segundo estágio, freia com mais intensidade, dando um “chacoalhão” no carro, de forma a alertar o motorista sobre o perigo. Ao mesmo tempo, prepara o sistema de freios para uma frenagem de emergência – mas jamais pára o carro. Esta ação será sempre de responsabilidade do condutor. Por esse aparato paga-se R$ 12.360,00.

Há, também, o sistema de assistência lateral, que aplica semelhante tecnologia de radar. É destinado a auxiliar nas mudanças de faixa. Utilizando radar com alcance de 50 metros, percebe a presença de outro veículo e alerta o motorista por meio de LEDs diodos emissores de luz nos retrovisores externos. Oferecido também como opcional, custa R$ 3.900,00. Somados os três aparatos de auxílio à segurança, o preço do Q7 sobe para R$ 399.620,00.

De série o Q7 traz sistema de som BOSE com 14 alto-falantes e toca-CD com capacidade para 6 discos; airbags para motorista e passageiro, laterais e tipo cortina; ar-condicionado com 4 zonas de resfriamento e abertura do porta-malas elétrica, com altura regulável. Há faróis bixenônio com fachos direcionáveis acompanham o movimento do volante nas curvas e teto solar em duas seções, abrindo-se apenas a dianteira. Também como opcional é oferecido gancho de reboque escamoteável com acionamento elétrico.


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