Peugeot 206 SW AT

Oferta de equipamentos e conforto do câmbio fazem da perua uma boa pedida


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Luís Figueiredo
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- Oferecer câmbio automático para carro de segmento de entrada é uma proposta arriscada. O preço fica salgado, o que afasta o consumidor. O Chevrolet Corsa ofereceu essa opção na linha antiga, mas nunca registrou bom desempenho em vendas.

A história é diferente no caso da Peugeot com a linha 206 automática. De acordo com dados da fábrica, desde o mês de abril foram comercializadas 938 unidades, das quais a versão SW responde por 65% – ou 610 unidades. A participação da versão automática ainda é pequena na linha compacta Peugeot, com pouco mais de 4%. Mas, segundo a marca francesa, hoje a demanda por esses modelos está acima da oferta. Ou seja: a aposta em colocar caixa automática na linha de entrada foi outro acerto da Peugeot antes havia sido trocar o motor de 1 litro pelo 1,4-litro.

Avaliada pelo WebMotors, a perua 206 é a única em sua categoria a oferecer câmbio automático. Mais do que isso, é dos poucos modelos nesse porte com perfil mais familiar a dispor do recurso. Além dela, há o Honda Fit e seu bom câmbio CVT, de relações infinitamente variáveis. Somente no final do ano a Chevrolet Meriva receberá caixa manual automatizada – de funcionamento idêntico, porém de menor custo.

Seu preço é de R$ 53.900,00, algo salgado para o segmento – os concorrentes partem de bem menos, aproximadamente R$ 38 mil no caso de Fiat Palio Weekend e VW Parati e R$ 45 mil na Meriva, todas sem o câmbio automático. O Fit já está na faixa de preço da 206 SW. A perua Peugeot compensa o preço pela oferta de equipamentos. De série, vem com ar-condicionado digital, computador de bordo, sistema de freios antitravamento ABS, vidros elétricos nas quatro portas e espelhos retrovisores externos com comando elétrico. Está disponível apenas com versão de acabamento Feline, a mais refinada.

Com quatro marchas, o câmbio tem programa de gerenciamento que se adapta ao estilo de condução do motorista. Permite operação manual seqüencial, deslocando-se a alavanca para a esquerda e movendo-a para frente trocas ascendentes e para trás descendentes. Mas as trocas são lentas, característica que se revela também na operação automática. E há muitas restrições de segurança que tornam sua utilização um tanto sem graça. Ele resiste a reduzir marcha se o giro estiver pouco mais elevado; recusa-se a subir marcha se entender que a rotação está baixa; e realiza troca ascendente tão logo se atinja a rotação-limite, em vez de manter-se ali e recorrer ao corte de injeção. O melhor é deixá-lo no automático “D” mesmo. No máximo, lançar mão do perfil esportivo, pela tecla “S” – ainda que a esportividade seja comedida, diferente de outros câmbios em que a mudança de comportamento é realmente perceptível. Há, também, perfil antipatinação, para terrenos escorregadios.

A 206 SW é equipada com o motor quatro-cilindros flexível em combustível de 1,6 litro de cilindrada, 4 válvulas por cilindro e potência de 110 cv a 5.600 rpm com gasolina. Com álcool, vai a 113 cv. Seu torque máximo é de 15,5 kgfm a 4.000 rpm com etanol – rodando com gasolina é menor, 14,2 kgfm na mesma rotação. É um motor de funcionamento suave e, embora multivalvulado, dispõe de força em baixa rotação. Na estrada, rodando com álcool e aferindo pelo computador de bordo, percorre 10 km/l. Na cidade esse número cai para 7 km/l.

De acordo com a Peugeot, a 206 SW automática atinge 194 km/h de velocidade máxima e acelera de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos. Estranha é a passagem da 2ª marcha, quando em aceleração mais forte. O conversor de torque retarda o engate da marcha, dando a impressão de embreagem patinando, para então engatá-la corretamente. Esse comportamento é recorrente nos modelos equipados com essa caixa – Peugeot 307 e Citroën C4 Pallas.

Essa pequena perua é equilibrada e agradável de guiar em curvas. Sua suspensão é independente nas quatro rodas – dianteira tipo McPherson, traseira por braço arrastado, ambas com barras estabilizadoras. Outro ponto positivo: além do ABS, a 206 SW tem freios a disco nas quatro rodas.

A perua Peugeot apresenta algumas boas soluções para o uso no dia a dia, como o vidro da tampa traseira com abertura independente. Facilita na hora de colocar ou retirar objetos no porta-malas – que tem parcos 313 litros de capacidade, mas que pode chegar a 1.000 litros com o rebatimento dos bancos.

Poderia melhorar a regulagem do encosto dos bancos dianteiros, feita por alavanca. O ideal seria utilizar regulagem milimétrica. A posição de dirigir também poderia ser melhor, houvesse regulagem de distância para o volante apenas em altura.

E os passageiros sofrem na perua 206. Devido ao curto entreeixos de 2,44 metros, há pouco espaço para quem vai no banco traseiro – é bom apenas para crianças ou pessoas de baixa estatura. Quem for mais alto vai passar aperto na 206 SW.

Para o uso diário a perua é bastante agradável – e se sai bem também em viagens, desde que a família não seja grande em número e em altura. O conforto proporcionado pelo câmbio automático no intenso trânsito urbano é inegável. E a grande oferta de equipamentos de série faz da 206 SW automática uma boa pedida.

Quer uma perua ou minivan pequena?

Peugeot 206 SW automática

Honda Fit

VW Parati 1.6 Mi Track & Field

Fiat Palio Weekend ELX 1.4 Fire

Chevrolet Meriva

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