Novo Nissan Altima é para tiozão exigente

Quinta geração do sedã ganha em conforto e espaço interno, já o motor poderia ter mais disposição


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A Nissan se inspirou em pesquisa da NASA (agência aeroespacial americana) para desenvolver o banco do motorista e do carona do novo Altima, que chega esta semana nas concessionárias da fabricante pelo preço único (e agressivo) de R$ 99.800 (2.5L SL). As “poltronas” chamadas Zero-Gravity (gravidade zero) foram desenvolvidas para ter o máximo contato com as costas do condutor e, desta forma, provocar uma maior sensação de conforto e antifadiga.

 

Apesar do discurso marqueteiro é preciso dizer que realmente o banco do sedã acolhe bem o seu ocupante. Mas qual a relação do banco com o teste do novo Altima? A resposta é simples, como se verá adiante.

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O novo Altima é um carro para tiozões exigentes. O público alvo, segundo a Nissan, é homem, com 45 anos ou mais, com uma carreira profissional bem sucedida, conectado com as novas tecnologias e que procura se diferenciar na compra de um automóvel. Ou seja, o comprador busca algo novo, mas que tenha tecnologia e conforto. Por isso a história do banco da NASA, entendeu?

 

Porém, o Altima não se destaca apenas pelo banco aeroespacial. As dimensões são generosas. São 4,86 metros de comprimento e 2,77 metros de entre-eixos, o que coloca o sedã em igualdade com os seus principais concorrentes (Ford Fusion, Honda Accord, Toyota Camry, Peugeot 508 e Hyundai Azera).  Já o desenho segue a nova referência da marca, já presente no recém-lançado Sentra, e que não vai decepcionar nenhum tiozão que queira ser mais descolado.

 

A lista de equipamentos do Altima está na média da categoria. Acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital de duas zonas, o banco do motorista (aquele da Nasa) traz ajuste elétrico com 10 posições, é aquecido e revestido em couro, controle automático de cruzeiro (piloto automático), retrovisor interno eletrocrômico, freios ABS com EBD e assistência de frenagem, teto solar, lanternas traseiras de LED, seis airbags, câmera de ré, central multimídia com navegador, som da marca Bose com nove alto-falantes, entre outros equipamentos.

 

Um dos recursos do novo Altima que deve atrair os tiozões é o Lane Departure Warning, que é o monitoramento de mudança de faixas. Toda vez que o condutor fizer a mudança de faixa sem dar seta um aviso sonoro chama a atenção do condutor. No painel, um alerta pisca continuamente. O equipamento aumenta a segurança da condução. Há ainda o monitor de ponto cego, um aviso luminoso no espelho retrovisor do veículo se acende quando um veículo está em uma área de ponto cego para o motorista. O recurso é ótimo para evitar batidas.

 

Motorização

 

O novo Altima chega com motorização única, diferentemente dos seus concorrentes que oferecem a opção de motores V6. O sedã da Nissan traz apenas o quatro cilindros de 2,5 litros e potência máxima de 182 cavalos. Segundo a marca, o propulsor é um dos menos beberrões da categoria (10,1 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada) e já recebeu o selo A de consumo do Inmetro. O câmbio é CVT, que traz trocas variáveis, mas que pode simular até sete velocidades. Como é carro de tiozão, a Nissan deixou de fora as borboletas atrás do volante (os paddle-shift).

 

Em um rápido teste inicial com o Altima foi possível comprovar o alto conforto abordo. Realmente os bancos dianteiros são extremamente confortáveis e parecer abraçar os ocupantes, já a suspensão, que é multilink na traseira, filtra com maestria o piso irregular brasileiro (foram precisas adaptações para o território nacional).

 

O ponto negativo vai para a morosidade do propulsor em responder ao toque no acelerador. O 2.5L foi feito para apreciar a paisagem. Sempre que se pisa mais forte o barulho que invade a cabine chega a incomodar.

 

O Altima chega com um preço agressivo, design atual, bom lista de equipamentos, garantia de 3 anos ( com revisões a preços justos e fixos) e muito conforto. Só peca pela falta de força do motor. No saldo, o sedã grande da Nissan tem bons atributos para enfrentar a concorrência.

 

 

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