MINI Cooper Cabrio: Diversão ao ar livre

Conversível retira o teto sem perder a receita divertida do compacto inglês


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Rodrigo Ribeiro
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- Preciso fazer uma confissão. Quando olhei pela primeira vez o MINI Cooper Cabrio no estacionamento do WebMotors, bateu uma pontinha de tristeza. Afinal, todo o lado divertido de dirigir do Cooper seria perdido após o conversível receber 90 kg de reforços para compensar a perda do teto. Para piorar, a versão é oferecida somente com o câmbio automático de seis velocidades, eliminando a virtual vantagem da transmissão manual. Sem falar na capota de lona, teoricamente menos eficiente para filtrar ruídos do que o teto rígido dobrável usado no VW Eos e Mercedes-Benz SLK. Porém, nunca fiquei tão feliz em estar errado.

A sequência de surpresas começou logo após a retirada do carro da sede da BMW do Brasil, na Zona Sul de São Paulo. Apesar do tráfego pesado, nunca foi tão fácil entrar na movimentada Marginal Pinheiros. Bastou uma leve pisada no acelerador que os 1.280 kg do Cooper Cabrio já estavam nos 90 km/h de velocidade máxima da via. Para chegar aos 100 km/h, demoraria 11,1 s, segundo a fábrica. Nem parece que o motor 1,6 16V que também equipa a versão cupê tem “só” 120 cv. O bloco também é usado no Peugeot 3008.

Outro alvo de meu preconceito inicial, o câmbio automático fez com que eu não sentisse falta do pedal de embreagem. Com opção de trocas sequenciais na alavanca, a transmissão forma um par perfeito com o motor, reduzindo as marchas com suavidade e rapidez. Este câmbio também derruba o mito para alguns de que só transmissões automatizadas de dupla embreagem superam as manuais.

Sede de curvas
Efetuar um acesso de uma ponte me envergonhou. Pensando que eu sofreria para contornar os 270º da curva, reduzi exageradamente a velocidade – tarefa fácil, mérito dos ótimos freios a disco nas quatro rodas com ABS. Porém, bastou apontar o carrinho são 3,7 de comprimento para ver que a direção direta e a suspensão firme do Cooper hatch se mantiveram. Para resumir quão legal é fazer curvas com o Cooper Cabrio, adianto que no final de semana optei por pegar a estrada mais longa e sinuosa em uma viagem rumo ao litoral.

Mas como o azar sempre se faz presente, precisei fechar a capota logo após o céu informar com um ruidoso trovão que minha diversão iria acabar. Hora de outra surpresa: de fechamento silencioso e rápido, a capota de lona com vigia traseira de vidro com desembaçador elétrico tem forração dupla, isolando acusticamente o habitáculo quase tão bem quando o aço estampado. Com a vantagem de suas ferragens mais simples serem menos ruidosas em ruas esburacadas do que modelos com teto rígido dobrável.

Bem, nesse ponto o Cooper herda um problema das outras versões – e de dezenas de outros importados. Para não comprometer a estabilidade, a suspensão manteve a firmeza do Cooper Cabrio europeu. No péssimo pavimento brasileiro, isso significa diversas batidas secas nas menores imperfeições. A longo prazo isso pode resultar em troca prematura de peças.

Simpático por fora e por dentro
Nossa, quase me esqueci de falar do interior. Divertido e conversível, o Cooper Cabrio quase te faz esquecer de seu conteúdo. Mas lembrar disso não será ruim. Bem acabado, o compacto conta com materiais emborrachados e poucos plásticos de textura agradável. No centro do painel, o enorme velocímetro que marca o interior dos novos MINI não esconde a velocidade – que pode chegar à máxima de 191 km/h

Também há instrumentos acoplados à coluna de direção regulável em altura e profundidade, com um conta-giros e um grande contador de horas. O mostrador contabiliza o tempo que o Cooper Cabrio rodou com o teto abaixado. Pouco útil, mas divertido. Motorista e passageiro se posicionam confortavelmente, ao contrário dos passageiros no banco de trás. Menor do que no já diminuto hatch, o banco traseiro é suficiente apenas para duas crianças. Adultos lá, só para traçados curtos.

O Cooper Cabrio tem preço sugerido de R$ 119.700. Um valor que assusta inicialmente, mas que torna o inglês o segundo conversível mais barato do Brasil, atrás apenas do smart ForTwo, que está mais para targa do que cabriolet. Alguns dirão que esse valor pode ser aplicado em um hatch esportivo, como o Audi A3 e Volvo C30 T5. A eles, adianto: estarão redondamente enganados.

MINI Cooper Cabrio 2010

Motor Quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, 16 válvulas, 1.598 cm³, turbo
Potência 120 cv gasolina a 6.000 rpm
Torque 160 Nm / 16,3 kgfm gasolina a 4.250 rpm
Câmbio Automático, com seis marchas
Tração Dianteira
Direção Por pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
Rodas Dianteiras e traseiras em aro 17” de liga-leve
Pneus Dianteiros e traseiros 205/45 R17
Comprimento 3,70 m
Altura 1,41 m
Largura 1,68 m
Entre-eixos 2,47 m
Porta-malas 170 l
Peso em ordem de marcha 1.280 kg
Tanque 40 l
Suspensão Dianteira independente, tipo McPherson; traseira ondependente, tipo multibraço
Freios Disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira
Preço R$ 119.700


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