Fiat Linea T-Jet enfrenta Aboslute com câmbio Dualogic

Ambos se salvam pela beleza e pelo conjunto, mas pecam pelo alto preço, consumo excessivo de gasolina e por ainda não engrenarem nas vendas


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Rodrigo Samy
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- Se a beleza põe a mesa, o Linea serve muito bem para galgar vagas à porta em milhares de restaurantes. O carro chama a atenção por onde passa e deixa os donos de Chevrolet Vectra com olhares invejosos. É... o Linea tem um design mais moderno, mesmo, e chega a se confundir com o GM no mundo dos leigos. A diferença é que o Linea chegou com a árdua missão de resgatar a boa fama do Tempra sem se perder na maré do antecessor Marea.

Outro desafio do Linea é mostrar que ele é algo bem acima do Fiat Punto, e não simplesmente a versão três-volumes do compacto premium da Fiat.

O WebMotors resolveu colocar frente a frente as duas versões mais apetitosas e ao mesmo tempo mais caras do Linea, a T-Jet e a Absolute. A com motor turbinado de 1,4 litro custa a partir de R$ 78,9 mil e chega a até R$ 85,54 mil com os opcionais instalados. Já a Absolute, que utiliza câmbio Dualogic e conta um propulsor de 1,9 litro de 16 válvulas aspirado, custa a partir de R$ 68,64 mil e pode chegar a R$ 74,17 mil.

Apesar de estarem montadas praticamente na mesma estrutura, as duas versões têm comportamentos diferentes.

Motores

A molecada pira no modelo T-Jet. Também não é para menos, pois o carro tem um 1,4-litro turbo de 152 cv a 5.500 rpm e 21,1 kgm de 2.250 rpm a 4.500 rpm, movido a gasolina. No painel de instrumentos há um desenhinho digital que simula a turbina enchendo. Segundo a Fiat, este equipamento está regulado para emitir uma pressão de até 1 bar, número em torno da média nos modelos equipados originalmente pelas fábricas.

Conforme medições da Fiat, o T-Jet acelera de 0 a 100 km/h em 8,5 s e atinge a velocidade máxima de 203 km/h. O consumo do Linea equipado com 1,4-litro para a montadora é de 12 km/l na cidade, já com o WebMotors foi de 9,6 km/l.

Um dos pontos negativos do propulsor sobrealimentado é a sua força em baixas rotações. No começo, a equipe do WebMotors começou a achar que estava fazendo barbeiragem, mas depois pegamos o jeito de fazer com que o carro não morresse mais. Os lugares mais freqüentes do apagão eram as lombadas ou subidinhas bestas, como saídas de garagem.

Isso ocorre porque o carro sem a turbina tem de carregar 1.305 kg com menos de 100 cv. Falta o impulso inicial para o T-Jet, porém, quando ele embala, a brincadeira fica mais agradável. Ele tem o DNA Fiat, de motores compactos e ariscos. Use-o com giro em alta que você não terá problema.

Já o Absolute foi feito para o tiozão, apesar de as montadoras não gostarem deste termo. Ninguém mandou a Nissan fazer aquela campanha com o Sentra... a moda pegou. Para não ficar tão chato, o Linea na versão Absolute traz glamour, luxo e tecnologia. O propulsor 1,9-litro 16 válvulas, flexível em combustível, tem 130 cv com gasolina e 132 cv com álcool a 5.750 rpm. O torque é de 18,1 kgm com gasolina e de 18,6 kgm com álcool.

De acordo com a Fiat, o Linea Absolute registra 188 km/h de velocidade máxima e uma aceleração de 0 a 100 km/h em 10,5 s quando utiliza álcool. Com gasolina, os números de desempenho são respectivamente 186 km/h e 10,7 s. A bebedeira desta versão é boa: 11,5 km/l gasolina e 8,1 km/l álcool na cidade. Durante os testes do WebMotors o Linea com câmbio robotizado fez 6 km/l no circuito urbano e 9 km/l na estrada, ambos com álcool.

O percalço do Absolute está no câmbio Dualogic. Ele é bom, porém não substitui o tradicional automático. Nas ladeiras o carro anda para trás se o freio não estiver acionado, pois falta um sistema do tipo “hill-holder”. Em manobras delicadas e lentas, é difícil achar um ponto exato para não encostar na parede.

Vale lembrar que, em câmbios automáticos, basta você tirar o pé do acelerador que o automóvel anda. No caso do Dualogic, o motorista precisa cutucar o acelerador para o modelo andar. Em contrapartida, a transmissão robotizada oferece conforto e, se o cara for sustentável, emite menos CO2 na atmosfera. Para frotas, o câmbio também é uma boa, afinal é impossível você selecionar uma marcha erroneamente. Isso fica bem nítido na hora em que você precisa engatar a ré rapidamente. O sistema não aceita e pede para que você pise no freio. Uma dica: não tente manobrar rapidamente nestas situações.

Tecnologia e conforto

O Linea tem um sistema denominado de Blue & Me que é um dos grandes diferencias da linha. Com ele o usuário pode conectar o seu celular, usar o GPS e ouvir músicas, tudo ao mesmo tempo. O comando das funções pode ser feito por meio da própria voz do condutor ou pelos botões integrados ao volante. O GPS custa R$ 1,15 mil. Ele não vem de série no T-Jet. De todo modo, o Linea é o primeiro automóvel do Brasil a trazê-lo integrado ao carro.

Entre a cruz e a espada:

Desempenho: O Absolute é mais pesado 1.320 kg, oferece menor potência 132 cv e torque inferior 18,6 kgm. A sua relação peso-potência é de 10 kg/cv mesmo quando abastecido a álcool, a situação de mais força do motor. A do T-Jet é de 8,5 kg/cv.

Bolso: O T-Jet gasta mais, custa cerca de R$ 10 mil a mais que o Absolute e não oferece tecnologia flexível em combustível. Outra desvantagem é o valor agregado IPVA e seguro que o usuário paga pela turbina.

Pontos fortes do Absolute: A tecnologia flexível em combustível do motor pode ajudar o dono do Linea a economizar e a ser mais sustentável. O preço dele também é mais baixo.

Pontos fortes do T-Jet: Esportividade e desempenho.

Entre os sedãs

O Fiat Linea ainda não ultrapassou as mil unidades mensais em vendas. Seus concorrentes têm história na categoria, como o Toyota Corolla, Honda Civic e, agora, Ford Focus. O nicho que o sedã da Fiat disputa é complicado, principalmente porque as outras marcas estão com valores muito competitivos. Por isso, antes de bater o martelo, veja os prós e os contras de cada modelo.

FICHA TÉCNICA – Fiat Linea

MOTORES1.9 16V: quatro tempos, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, refrigeração a água, flexível em combustível, 1.839 cm³; 1.4 T-JET: quatro tempos, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, refrigeração a água, turbinado, a gasolina, 1.368 cm³
POTÊNCIAS1.9 16V: 130 cv gasolina e 132 cv álcool cv a 5.750 rpm; 1.4 T-JET: 152 cv a 5.500 rpm
TORQUES1.9 16V: 178 Nm gasolina e 183 Nm álcool a 4.500 rpm; 1.4 T-JET: 207 Nm entre 2.250 rpm e 4.500 rpm
CÂMBIOSManual 1.9 16V e T-JET ou manual automatizado Dualogic 1.9 16V Dualogic e Absolute de cinco velocidades
TRAÇÃODianteira para os dois motores
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; hidráulica
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 15” 1.9 16V e 1.9 16V Dualogic 16” Absolute e 17” T-JET,de liga-leve
PNEUS 195/65 R15 1.9 16V e 1.9 16V Dualogic, 205/55 R16 Absolute e 205/50 R17 T-JET
COMPRIMENTO 4,56 m
ALTURA 1,51 m
LARGURA 1,73 m
ENTREEIXOS 2,60 m
PORTA-MALAS 500 l
PESO em ordem de marcha 1.315 kg 1.9 16V 1.320 kg e 1.9 16V Dualogic e Absolute e 1.305 kg T-JET
TANQUE60 l
SUSPENSÃO Dianteira McPherson, com subchassi dianteiro; traseira semi-independente com barra de torção
FREIOS Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira com ABS
CORES Branco Banchisa, Preto Vulcano, Azul Vitality, Bege Savannah, Cinza Cromo, Cinza Scandium, Cinza Tellurium, Prata Bari, Preto Vesúvio, Vermelho Magma
PREÇO R$ 60,9 mil 1.9 16V, R$ 63,9 mil 1.9 16V Dualogic, R$ 68,64 mil Absolute e R$ 78,9 mil T-JET

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