- O mais novo lançamento da Peugeot, o 207 Brasil, não é tão novo assim. Para quem gosta de se informar sobre o mundo dos automóveis, a notícia poderia dar a impressão de que a Peugeot finalmente trouxe ao Brasil o 207, modelo da categoria do Fiat Punto e do Renault Clio III, mas não é o caso. A marca alterou o 206, carro que ela vende no Brasil desde 1999 e resolveu chamá-lo com o mesmo nome do modelo mais nobre. A maior novidade da linha é a versão seda do 206, ou melhor, do 207 Brasil, chamado de 207 Passion, modelo que também só é novidade no Brasil. No exterior, o carro foi mostrado em 2005, durante o Salão de Frankfurt daquele ano.
A crítica que se faz não é ao carro, que manteve as boas qualidades que já tinha, como a direção suave e o motor bem disposto para sua categoria, tanto na versão 1.4 quanto na 1.6, e aperfeiçoou o que não era tão bom. É a escolha do nome do produto que não se mostra a mais adequada, uma vez que já existe no exterior um modelo com o mesmo nome e características superiores, como maior entreeixos e, consequentemente, mais espaço interno.
A Peugeot, acertadamente, permitiu que os jornalistas especializados guiassem os carros desde o aeroporto do Galeão até Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, um trajeto que se mostrou adequado à avaliação dos modelos. A 207 SW, a perua, deve ser avaliada só amanhã.
No breve contato que tivemos com o modelo hatch, com motor 1,4-litro, o comportamento dinâmico não trouxe novidades em relação ao que se observa no 206. Por dentro, o painel ficou mais parecido com o do 307, uma diferenciação necessária para que mesmo o consumidor mais leigo não reclamasse das semelhanças excessivas.
Por fora, as maiores mudanças foram na dianteira e na traseira do carro. A traseira, a bem da verdade, traz apenas novas lanternas e um pára-choque diferente. A dianteira teve mais mudanças, com um capô mais curto e um pára-choque mais envolvente, com faróis que também remetem aos do 307. Ao vivo, de perto, ficou interessante. De longe, falta ao carro a mesma harmonia de linhas que fez do 206 um sucesso de vendas. Os faróis e até o símbolo da Peugeot parecem exagerados para um carro compacto.
207 Passion
No meio do caminho pudemos pegar o seda em sua versão mais completa, com câmbio automático de quatro marchas. Ao contrário do que poderia parecer, o carrinho é bastante ágil na estrada e seu motor responde adequadamente. Foi pena não termos conseguido andar com ele na cidade, onde a falta de uma marcha pode ser mais sentida. Esperemos pela avaliação, dentro de algumas semanas.
Com porta-malas de 420 l, menor que o da maioria de seus concorrentes, o maior apelo do Passion será o desenho. Resta saber se ele vai cair no gosto dos consumidores. Entre os jornalistas, ele dividiu opiniões.
FICHA TÉCNICA – Peugeot 207 Passion
MOTOR | Quatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, refrigeração a água, 1.587 cm³ |
POTÊNCIA | 110 cv gasolina e 113 cv álcool a 5.600 rpm |
TORQUE | 14,2 kgm gasolina e 15,5 kgm álcool a 4.000 rpm |
CÂMBIO | Automático de quatro velocidades |
TRAÇÃO | Dianteira |
DIREÇÃO | Por pinhão e cremalheira; hidráulica |
RODAS | Dianteiras e traseiras em aro 15”, de liga-leve |
PNEUS | Dianteiros e traseiros 185/60 R15 |
COMPRIMENTO | 4,24 m |
ALTURA | 1,45 m |
LARGURA | 1,67 m |
ENTREEIXOS | 2,44 m |
PORTA-MALAS | 420 l |
PESO em ordem de marcha | 1.177 kg |
TANQUE | 50 l |
SUSPENSÃO | Dianteira independente, com braços duplos e sistema antimergulho; traseira com eixo de torção |
FREIOS | Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira |
CORES | Não informadas |
PREÇO | R$ 45 mil estimado |