- Quando a Citroën anunciou que venderia o Citroën C3 com câmbio automático de quatro marchas, o que previmos foi um desastre dinâmico, semelhante ao que o antigo Honda Civic com motor 1,6-litro desempenhava, apesar de seus defensores. A surpresa ao dirigirmos o compacto da Citroën pela primeira vez não foi apenas grande como também desculpem-nos o chavão muitíssimo grata. Com o C3 Automatique, a marca francesa provou que é possível um motor pequeno casar bem com um câmbio de quatro marchas. Com perspectivas de final feliz para sempre.
Para começar, o Citroën C3 oferece regulagem de banco do motorista e de altura e distância do volante, o que permite encontrar uma boa posição de dirigir rapidamente. Apesar da posição de dirigir alta, a preferida pelas mulheres e não tão querida pelos homens que gostam de dirigir, o C3 acomoda bem os dois públicos. Com sua excelente área envidraçada e o bom espaço interno, que inclui um dos melhores porta-malas de sua categoria, o carrinho já acolhe devidamente.
Com tudo ajustado, o que é facilitado pelos retrovisores elétricos de série, basta pisar no pedal do freio, conferir se a alavanca do câmbio está em posição P e dar a partida. Se algum destes procedimentos não tiver sido cumpridos, o carro teima em ligar. E com razão: se ligasse em D, sem estar devidamente imobilizado, o carro poderia sair dando trancos ou até provocar um acidente.
Com o carro em movimento, vêm as provas de fogo: saída da garagem com rampa. O motor 1,6-litro 16V, mesmo com sua maior faixa de torque em alta rotação, não se intimida e puxa os 1.125 kg do hatch com desenvoltura. Mais do que com desenvoltura, sem esforço aparente.
Já na rua, o C3 Automatique mantém a agilidade pela qual sua versão manual é conhecida. Basta cutucar o acelerador para ele reduzir a marcha e dar ao motorista a força que ele precisa para encontrar espaços no trânsito caótico das grandes cidades.
Melhor do que nas ruas é o C3 com transmissão automática nas estradas. Bendita seja a caixa AL4 com programação especial! O chamado do acelerador dá a confiança necessária ao motorista para ultrapassar sem sustos, principalmente dos passageiros, que muitas vezes são mais co-pilotos que meros transportados. A transmissão automática do C3 também garante paz de espírito.
Vendido a R$ 47,49 mil na versão GLX e por R$ 49,99 mil na Exclusive, o C3 continua a oferecer uma excelente relação entre custo e benefício em sua versão automática. Se a nova geração do carro tiver conseguido resolver seus problemas crônicos de acabamento tirantes de porta que se afrouxam, mangueiras de ar-condicionado que se soltam, portas desalinhadas etc., o compacto premium da Citroën deverá manter os índices de vendas da empresa de origem francesa em alta. Méritos para isso ele tem.
FICHA TÉCNICA – Citroën C3 Automatique
MOTOR | Quatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, refrigeração a água, 1.587 cm³ |
POTÊNCIA | 110 cv gasolina e 113 álcool a 5.600 rpm |
TORQUE | 142 Nm gasolina e 155 Nm álcool de 4.000 rpm |
CÂMBIO | Automático de quatro marchas |
TRAÇÃO | Dianteira |
DIREÇÃO | Por pinhão e cremalheira; elétrica |
RODAS | Aro 15”, de liga-leve |
PNEUS | 185/60 R15 na dianteira e na traseira |
COMPRIMENTO | 3,85 m |
ALTURA | 1,52 m |
LARGURA | 1,67 m |
ENTREEIXO | 2,46 m |
PORTA-MALAS | 305 l |
PESO em ordem de marcha | 1.125 kg |
TANQUE | 47 l |
SUSPENSÃO | Dianteira independente, tipo MacPherson; traseira interdependente, tipo barra de torção |
FREIOS | Discos ventilados na dianteira e tambor na traseira |
CORES | Blanc Banquise branco, Bleu de Chine azul, Gris Fer cinza, Gris Aluminium prata, Nocciola verde, Perla Nera preta, Rouge vermelha e Gris Cendré pérola |
PREÇO | R$ 49,99 mil GLX e R$ 49,99 mil Exclusive |