Confira mitos e verdades sobre o óleo do motor

Dúvidas sobre o que ouviu ou leu sobre lubrificantes de motores? O WM1 esclarece algumas delas

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Redação WM1
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O lubrificante é um item essencial para o bom funcionamento do motor, reduzindo o atrito entre peças internas e controlando a temperatura. Propulsor com o óleo em dia dura mais tempo, pede menos manutenção e, ainda por cima, consome menos combustível. Mas é preciso ser rigoroso e atento com os prazos e quilometragens para troca, sempre informados no manual do fabricante do veículo.

Sempre, porém, há dúvidas com relação aos lubrificantes. Existem aqueles que têm carro mais rodado e que acham que colocar óleo sintético vai fazê-lo rodar melhor, por se tratar de um produto mais moderno e caro. Procede?

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Engine Oil Dipstick
Óleo lubrificante para motores
Crédito: Energyy
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Outros têm o costume de usar aditivos no óleo como forma de remover e prevenir a formação de sujeira interna no propulsor. É mesmo uma boa ideia? Também tem gente que roda pouco com o carro e acaba ampliando os prazos de troca recomendados pela fabricante, pois ainda não atingiu a quilometragem recomendada. Tem ou não problema?

É comum ter dúvidas e nosso papel é ajudar a esclarecê-las. Selecionamos cinco situações bastante comuns envolvendo sobre o tema e, com a ajuda de especialistas, esclarecemos se são mito ou verdade. Assim, não tem como errar na hora de cuidar do seu automóvel.

USAR ÓLEO SINTÉTICO É SEMPRE O MAIS INDICADO

MITO – O recomendado é utilizar óleo lubrificante nas especificações recomendadas no manual do veículo, seja em termos de viscosidade (5W40, por exemplo) e de base, que pode ser mineral, semissintética ou sintética. "Não adianta usar sintético em motor que pede mineral ou semissintético, gastando dinheiro à toa. Esses óleos mais modernos são projetados para motores igualmente mais recentes e complexos", ensina o engenheiro Henrique Pereira, membro da comissão técnica de motores Otto da SAE Brasil. "Os óleos lubrificantes têm que atender às especificidades do fabricante e aos atributos técnicos de cada veículo. Qualquer alteração no produto pode prejudicar o funcionamento do sistema como um todo", recomenda a Mobil. A maioria dos motores modernos hoje utiliza óleo semissintético.

SE PRECISAR COMPLETAR O ÓLEO ANTES DO PRAZO PARA TROCA, PODE SER SINAL DE PROBLEMA DO MOTOR

VERDADE – Para o especialista Pereira, não é normal o nível do óleo baixar antes de chegar a hora de substituí-lo, indicada no manual. "Um motor novo não deveria consumir óleo. Mas, se for necessário completar emergencialmente, use o mesmo óleo que está no cárter. A regra número um é nunca misturar lubrificantes de especificações diferentes", alerta. Ainda assim, o ideal é mesmo trocar todo o óleo por um novo. De acordo com a Mobil, mesmo utilizando o mesmo lubrificante, misturar óleo já rodado com novo não é uma boa ideia. "O usado já perdeu parte das suas propriedades, porque passou algum tempo trabalhando para lubrificar partes fixas e móveis do motor. E o novo vai perder também porque, ao completar, o resultado é um lubrificante misto, muito diferente dos dois originais".

 Óleo lubrificante de motores
Oil Change
Legenda: Óleo lubrificante de motores
Crédito: Gregor Bister
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Outra dica importante é nunca verificar o nível do óleo em posto de combustível, com o motor quente. O correto é checá-lo pela manhã, com o motor frio e em um terreno plano, com o cárter ainda cheio - o lubrificante sobe para o motor quando o veículo é ligado, dando a falsa impressão que está faltando óleo.

USAR ADITIVO NO ÓLEO MELHORA A PERFORMANCE

MITO - Aditivo é totalmente desnecessário, pois todos os óleos lubrificantes atuais já vêm aditivados, seguindo formulação exclusiva de cada fabricante, trazendo elementos detergentes, para limpar resíduos de carbono, e dispersantes, para remover impurezas do motor, como resíduos de carbono, durante a lubrificação. "O uso de aditivos não é indicado e pode ocasionar a formação de borras e outros problemas. O óleo lubrificante já é composto por um óleo básico acrescido de um pacote de aditivos, cuja adição nem é solicitada pelas montadoras", destaca a Mobil.

MEU CARRO RODA POUCO, ENTÃO POSSO AMPLIAR OS INTERVALOS DE TROCA

MITO – Mesmo se o veículo não atingir a quilometragem recomendada no manual para a troca de óleo, existe um prazo máximo de utilização daquele lubrificante, geralmente de seis meses. Vale, portanto, o que vencer primeiro. "Com o passar do tempo, o óleo é contaminado pelo combustível e vai se oxidando, perdendo as propriedades originais de lubrificação e contribuindo para maior atrito e desgaste de componentes internos do motor", afirma Pereira, da SAE Brasil. Além disso, é preciso atentar para as condições de uso do veículo: se forem severas, como rodar em estradas de terra ou em baixas quilometragens diárias, insuficientes para o motor alcançar a temperatura ideal de funcionamento, o prazo e a quilometragem para a troca devem ser fei tos em intervalos maiores. Essa informação também está no manual. Lembre-se: sempre troque o filtro juntamente com o óleo. Isso evita que o óleo novo seja contaminado pelo velho.

ÓLEO PARA MOTOR RODADO AJUDA A PROLONGAR A VIDA ÚTIL

MITO – Os óleos para motores de alta quilometragem disponíveis no mercado trazem maior viscosidade para preencher as folgas internas causadas por desgaste, mas representam apenas um paliativo. "Muita gente coloca esse tipo de lubrificante para vender um carro mais rodado, reduzindo o ruído gerado por folgas. Parece que resolve, mas o óleo mais grosso na verdade força componentes e acelera o desgaste. Motores 'cansados', queimado óleo, na verdade precisam de uma retífica", recomenda o especialista da SAE Brasil.

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Óleo lubrificante para motores
Crédito: DuxX
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