Comparativo: Grand Livina enfrenta Palio Adventure e Honda Fit

Versão da Livina lançada no primeiro semestre de 2009, inaugurou um novo tipo de concorrência no mercado


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Rodrigo Samy
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- A versão de entrada do Nissan Livina foi lançada no mercado brasileiro no início de 2009. Na época, o WebMotors destacou que o modelo teria espaço para conquistar o consumidor, e teve sim. Depois de seis meses, a Nissan ainda apresentou outro reforço para a família, o Grand Livina, e que também vingou. Hoje a família Livina vende por volta de 1.300 unidades ao mês. Para se ter ideia do tamanho deste número, a minivan é a que mais vende da marca japonesa no Brasil. Porém tudo indica que este cenário mudará até o final do ano, pois o March acabará, naturalmente, ocupando o reinado do modelo familiar.

O WebMotors reavaliou recentemente a Nissan Grand Livina, na sua versão topo. A ideia foi colocar o modelo diante de três potenciais concorrentes de mercado. Mas para a brincadeira ficar mais discrepante, colocamos a minivan diante de três concorrentes com perfis bem diferentes. Pode parecer um pouco estranho, apesar de os valores serem quase os mesmos, mas confrontamos o veículo da Nissan com o Fiat Palio Adventure e com o Honda Fit. A ideia deste minicomparativo é que o modelo familiar de sete lugares enfrente uma opção mais despojada, no caso a Adventure, e a outra mais racional Honda Fit, mas sem perder o DNA daquele comprador que busca o espaço para a família.

Quantas vezes a minivan pintou no WebMotors

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Apresentar novamente a Nissan Livina seria explorar o espaço da internet à toa. Por isso vamos destacar as principais matérias que fizemos sobre o carro.

A primeira vez que o modelo da Nissan ganhou as páginas do WebMotors foi em março de 2009. Na ocasião falamos que a plataforma da recém-chegada começava nos 2,60 m de entre-eixos, herdando a mesma plataforma dos seus “compatriotas de fábrica” Renault Logan e Sandero. Apesar da nossa afirmação, a Nissan fez questão de colocar que a minivan está elaborada em uma plataforma semelhante à dos Renault, mas com um degrau maior de evolução. Tanto é que a plataforma da Livina é a B0, e não a B que está presente nos franceses.

Após o lançamento do Nissan Livina fizemos um belo comparativo do novato com o Honda Fit. Foi a primeira vez que comparamos as duas minivans de marcas orientais. Na matéria questionávamos: Com a chegada do monovolume equipado com motor Renault, a vida do Fit vai complicar. Será que ele tem armas para desbancar o líder de vendas? O resultado foi um empate técnico.

No início do segundo semestre de 2009 foi a vez da estreia da Grand Livina, versão de 7 lugares da minivan que está presente neste comparativo. Na época dissemos que o câmbio CVT, o motor flexível em combustível e o espaço eram as armas da nipobrasileira.

Os pontos fracos citados na época continuam presente no Nissan Livina. Um deles é o fato de o carro não ter regulagem de altura de cinto nem de banco. Já o volante tem a regulagem de altura, mas a ele falta a regulagem de distância.

A última vez que avaliamos o Nissan Livina na sua versão topo foi em 2010. Durante o teste destacamos que o modelo apresentou um consumo médio de etanol na estrada de 7,9 km/l, enquanto na cidade caiu para 5,6 km/l. Ambas as medições foram feitas com o Grand Livina carregado e com ar-condicionado usado em 50% do tempo.

Nissan Grand Livina SL 1.8 Automática enfrenta Fiat Palio Adventure e Honda Fit:

Para facilitar a sua vida vamos destacar três itens altamente influenciáveis na decisão de compra de um pai ou mãe de família. São eles: motor, consumo, porta-malas, espaço para ocupantes e preço. Como vamos trabalhar com três tipos de motor e de câmbio, a brincadeira ficará interessante. Acompanhe os itens é dê o peso maior para aquilo que você considera o mais importante. Boa escolha!

Motor - O Grand Livina e o Fiat Palio Adventure têm propulsores de maior capacidade volumétrica, naturalmente então que a suas potências sejam superiores as do Honda Fit, uma vez que não estamos falando de conjuntos sobrealimentados. O quatro-cilindros em linha da marca japonesa oferece 126 cv etanol a 5.200 rpm e um torque de 172 Nm a 4.800 rpm. Já o quatro-cilindros, agora legítimo da Fiat, da Weekend oferece 132 cv etanol e 185 Nm a 4.500 rpm. O motor do Honda colocado neste comparativo é um modelo de 1,5L com 116 cv e 145 Nm de torque.

O motor do Livina trabalha com um câmbio automático que lhe oferece conforto ao rodar e uma agilidade razoável no dia-a-dia. A Adventure deste comparativo está equipada com o bloqueio do diferencial, sistema denominado pela Fiat de Locker que serve para lhe tirar de algumas pequenas enrascadas aventureiras, e câmbio Dualogic. O sistema de bloqueio só deve ter uso se você roda por estradas irregulares. Ele só serve para travar o diferencial na hora que aquele obstáculo deixa uma das rodas patinando. Não vá acreditar que o Locker irá transformar seu familiar em um 4x4 ou SUV. Isso é conversa “pra boi dormir”. O câmbio Dualogic é um sistema que substitui a perna da embreagem. A vantagem é a facilidade de não trocar as marchas, já as desvantagens são o maior custo de reparabilidade e a ausência daquela sensação do conversor de troque, essencial para manobras precisas. Para quem gosta de aliar o conforto à agilidade, a melhor opção está no câmbio automático de cinco velocidades do Fit. A opção traz uma movimentação mais precisa e coerente, deixando de lado a esportividade. Se a Adventure oferece o melhor motor, em potência e torque, o Honda oferece o melhor câmbio.

Consumo - É lógico que cavalo maior, geralmente, acaba consumindo mais. Mas nem sempre a regra deve ser aplicada. Pois o Honda se sobressai neste quesito. O Nissan Grand Livina fez 7,9 km/l na estrada e 5,6 km/l na cidade, nas duas medições tanque-a-tanque do WebMotors o carro estava abastecido com etanol. Na nossa última medição o Nissan fez 8,3 km/l na cidade com gasolina. O Honda Fit fez no circuito urbano 7,5 km/l e 12 km/l na estrada. Nas duas situações o carro estava abastecido com etanol. Neste caso o Fit mantém a fama de econômico, mesmo quando está equipado com câmbio automático. O WebMotors não conseguiu medir o consumo do Palio Adventure. Os números declarados pela Fiat pela norma NBR 7024 são de 11 km/l na estrada e 8,3 km/l na cidade, ambas as situações com etanol. Se tirarmos uma média dos números apresentados o Nissan Livina acaba sobressaindo-se com 10,9 km/l. Vale lembrar que o Honda Fit teve o melhor número na estrada, quase o mesmo de um carro popular. Neste item quem perdeu feio mesmo foi a Adventure. Afinal, mesmo usando números de divulgação a Adventure registrou uma média de 9,65 km/l.

Levando bagagem para toda a família - Se você se preocupa com o espaço do compartimento de carga, está aí um desafio para qualquer cidadão comum. Neste comparativo “maluco” temos também vantagens exclusivas aos modelos. O Nissan Grand Livina leva 123 litros com a terceira fileira levantada e 607 litros com os bancos da última fila rebatidos. Com todos os bancos rebatidos o volume sobe para 964 litros. A Weekend leva 460 litros e tem a opção de rebater os bancos, totalizando um volume até o teto de 1.540 litros. O Honda Fit tem capacidade para levar 384 litros. Com os bancos rebatidos o volume de bagagem chega aos 1.321 litros. O Honda Fit tem a vantagem de oferecer um piso plano e um sistema de rebatimento do bancos que permite ao usuário carregar objetos mais longos. A vencedora do porta-malas é a Livina, afinal você consegue levar mais carga, sem usar o espaço dos passageiros do banco de trás. O Honda perde do Weekend pelo volume, mas pode ganhar se você levar a mobilidade em consideração. Releve ainda as distâncias de entre-eixos na tabela abaixo, pois elas definem bem o espaço para os ocupantes.

Dinheiro no bolso para comprar um carro família:

Por um valor sugerido de R$ 62,29 mil, o Nissan Grand Livina oferece os principais equipamentos: ar-condicionado, chave de presença, direção elétrica, vidros e travas elétricos, sistema de som, airbag duplo e ABS com EBD.

Por um valor sugerido de R$ 63.458, o Fiat Palio Weekend Adventure Locker Dualogic montado por nós traz os seguinte equipamentos: ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, direção hidráulica, airbag duplo, vidros e travas elétricos e ABS com EBD. Opcionalmente aplicamos no Fiat o câmbio Dualogic, os bancos em couro, o diferencial autoblocante Locker e o sistema de som.

Por um valor sugerido de R$ 65,65 mil, o Honda Fit EXL oferece: ar-condicionado, airbag duplo, travas e vidros elétricos, som integrado, banco do motorista com regulagem de altura, direção elétrica e ABS com EDB. A versão topo ainda conta com trocas de marcha ao volante.

Conclusão:

Se você é um motorista que busca “aventuras momentâneas” e que não coloca o espaço interno em primeiro lugar, a sua opção é a Fiat Adventure. Se você é um motorista que busca economia de combustível, boa posição de dirigir e espaço condizente. Pague um valor mais alto pelo Honda Fit. Agora, se você procura um carro espaçoso e que dá conta de levar muito sem apertos, uma boa opção pelo valor é o Grand Livina.

Grand Livina

Adventure

Fit

Potência

126 cv

132 cv

116 cv

Torque

172 Nm

185 Nm

145 Nm

Volume

607 l

460 l

384 l

Comprimento

4,42 m

4,24 m

3,90 m

Largura

1,69 m

1,64 m

1,69 m

Entre-eixos

2,60 m

2,46 m

2,50 m

R$

62,29 mil

63,45 mil

65,65 mil

Transmissão

Automático

Dualogic

Automática

 

RODAS

Dianteiras e traseiras em aro 15” de liga-leve

PNEUS

Dianteiros e traseiros 185/65 R15

COMPRIMENTO

4,42 m

ALTURA

1,58 m

LARGURA

1,69 m

ENTREEIXOS

2,60 m

PORTA-MALAS

123 l a 964 l

PESO em ordem de marcha

1.306 kg

TANQUE

50 l

SUSPENSÃO

Dianteira independente, tipo McPherson; traseira dependente, tipo barra de torção

FREIOS

Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira

CORES

Bege, branco, preto, prata, cinza e vermelho

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